sábado, 30 de junho de 2012

VAZIO


terça-feira, 29 de maio de 2012

INÉRCIA


Tudo que eu ouço é o silêncio gritante
Que ecoa num espaço vazio,
Cheio de mágoas e dores incessantes,
Despertando-me do sonho que ainda resiste,
Em meio a pesadelos da realidade.
E desta, só me resta a solidão
Que me segue por todos os lugares por onde ando.
Embora todos os lugares parecem ser iguais,
Pois a paisagem no deserto nunca muda.

(I. Martins)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Joy Division - Atsmophere (última cena de Control)



Há 32 anos, Ian Curtis (15 de julho de 1956 - 18 de maio de 1980) suicidou-se em sua casa. Ele foi o vocalista, letrista e guitarrista do Joy Division, banda pós-punk de Manchester.  Poeta, visionário, depressivo e epilético, Ian Curtis norteava os caminhos do Joy Division. Seu comportamento, assim como suas idéias, revelavam uma mente perturbada e aflita que criava temas sombrios e letras que revelavam seu completo desespero e solidão.

R.I.P.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

DECOMPOESIA


Você passa a vida toda sonhando em ter um bom emprego, que te possibilite ter uma vida tranquila, em ter conforto, numa bela casa. Você deseja ter amigos, que possam sempre estar presentes em qualquer momento. Sonha em ter alguém que seja companheiro, leal, que seja a mãe dos seus filhos e que te faça feliz. 
Mas você não pensa na possibilidade de estar sozinho, abandonado, esquecido, sem amigos, cansado pelo trabalho que não te satisfaz, aparentemente muito mais velho do que realmente é... e viver recluso em sua casa, pelo simples fato de perceber que a solidão entre as pessoas é mais dolorosa do que a solidão de fato. Até um dia, por um acaso, você ser encontrado, por algum parente ou vizinho, esparramado na poltrona de sua casa, morto há dias, por causa desconhecida, exalando um mau cheiro insuportável, na sua sala empoeirada, em frente à TV.

(I. martins)

domingo, 4 de março de 2012

A SAGA DO HOMEM INVISÍVEL (Parte 1)


Aqui estou entre eles, ouvindo seus burburinhos, vendo seus sorrisos, presenciando seus encontros e despedidas...
Eles estão ao meu redor, conspirando, especulando, planejando, divertindo-se...
Às vezes, chegam até a me tocar, quando vêm de braços abertos para abraçar alguém que está do meu lado. Às vezes pisam no meu pé, ou me dão um esbarrão, mas não é culpa deles. Estão por toda parte, eu que invadir seu espaço. Então, vou me distanciando. Apesar de já me sentir infinitamente longe.
Aqui estou entre eles, entre tinir de copos, gargalhadas e canções nostálgicas...
Eles parecem ser normais, sociáveis e felizes... Mas não pertenço ao seu mundo. Eu só preciso acordar e perceber que é apenas um pesadelo.
Mas estou preso, num mundo livre e ao mesmo tempo caótico. Uma realidade paralela pra mim, onde eu só precisaria achar a saída e retornar para o lugar ao qual eu pertenço, de volta às pessoas que podem me ver.
Mas o sufoco da solidão, a força descomunal que tento fazer para não derramar uma lágrima, da dor da saudade, sentimento este que é o reflexo de quando se é excluído dos planos da vida de alguém, tudo isso me  faz despertar e perceber que não há outra realidade. Tenho que conviver com eles, os seres visíveis.



(I. Martins)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O QUE ELAS QUEREM


As mulheres querem que seus homens sejam grandes, façam o papel de brutamontes, que lutem por elas, assim como soldados lutam numa guerra para matar ou morrer por interesses ou ideais que os mesmos desconhecem; Elas querem que seus homens preencham seu tempo em função delas, que as coloquem em primeiro lugar, ao ponto de perder sua identidade e dignidade, assim como um comerciante avarento preenche suas prateleiras de produtos vencidos e perde sua clientela; elas querem que os homens, mesmos certos, percam a razão e sintam-se culpados, assim como um viajante que perde a viagem de volta pra casa por causa de uma diarreia no banheiro do aeroporto. Elas querem que seus homens rastejem, implorem, sejam patéticos... Apenas pra  mostrar a eles que elas não sentem o mesmo e não estão nem aí...
(I. Martins)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


Sempre haverá em meu coração a lembraça
Deste sentimento tão peculiar.
Sempre haverá esta faísca,
De um fogo que não chegou a incendiar.
Sempre haverá esta lembraça,
De um sonho que não cheguei a realizar.
Sempre irá sangrar esta ferida
Que nunca irá se fechar.

(Diego Santana)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

POESIA CONCRETA

"Até"
"rEsGatandO"