terça-feira, 11 de agosto de 2009

ESCURIDÃO


Hoje, mais uma vez, morri
Sigo a mesma rotina, num atalho interminável...
O tempo nos abre os olhos, mas nos faz ficar mudos.

Não há mudanças diante da escuridão...
Continuo engulindo a dor
E vomitando o tédio em cima de olhares distantes...
Ainda tento ir em frente,
Mesmo sem saber a direção certa...

Surgem diariamente lembranças do que não vivi
Enquanto uma face desfigurada num espelho quebrado,
Um olhar reprovador me encara, expondo não só a minha fraqueza,
Mas também a percepção de que não há mais nada aqui.

(I. Martins)

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